CREIO
Creio Na morte como num antigo Hábito condenado E na imortalidade que vem Da palavra e do silêncio. Creio No mar verde da infância E no rio que nasce na minha mão direita. Creio Nos meus lábios dobrados Na noite e no amor Do teu corpo que escapa A toda a sabedoria. E subitamente
Creio e não creio Que todas as estas coisas são
Uma só.
HENRIQUE DÓRIA
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