O AVÔ E A LARANJEIRA

Ao lado do grande portão 

Ela dominava a entrada da casa

E era o seu vigilante divino

Carregando pequenos sóis 

Serenos

Sobre as folhas que se agitavam

Suavemente 

Como peixes verdes

Num aquário.

O avô era subjugado

Por esses sóis fulminantes 

E não permitia que os comessem


Para não tornarem útil 

A sua beleza.




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