APÓS UM SONHO

Ah minha aldeia de silêncios

E pinhais de vinhas e ladeiras

Enlameadas  de uvas de infinito

Da infinita paciência dos bois

Erguendo águas tristes e cantares

Presos entre milhos e beirais

Ah minha aldeia que não voltas mais.

Ah minha aldeia entre a esmeralda

E o mar onde hei de estar

Entre o barro bêbado e as sombras

Da noite dos amados mortos


Só sem luz nem rosa

Em busca do nada e de nenhuma coisa. 

 

HENRIQUE DÓRIA



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