ERGUEM-SE

Erguem-se  contra o céu

Assassino

As tuas coxas ávidas do delicioso

Inferno

As tuas coxas e o seu vulcão 

Submarino

Alegria e dor de não ser

Eterno.


Todos os teus poros se abrem para o sol

Frondoso

E os teus lábios derretem o mais longo

Inverno

Porque esse amor ébrio e estranho e

Silencioso

Senhor da sede e da nascente

É um barco louco e

Bárbaro

Viajante do céu e do inferno.


HENRIQUE DÓRIA




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