FRAGMENTO
Apesar de se reivindicar do judaísmo, o cristianismo tem muito mais de platonismo do que de judaísmo. Basta lermos a parte final de A REPÚBLICA, livro X, para percebermos que o livre arbítrio na escolha do bem e do mal, o julgamento, as delícias luminosas do Céu e as penas e trevas do Inferno, Deus e os demónios que torturam os mortos que escolheram o mal, o Purgatório como lugar de purificação, tudo isso é apenas uma criação grega, exposta por Platão.
A Torah ignorava a existência do Céu e do Inferno, que só aparecem no judaísmo posterior. A referência ao Purgatório não aparece no Antigo Testamento. Os demónios com que Tertuliano ameaçou os romanos para os converter pelo medo das piores torturas ( que haveriam de ser aplicadas pela Santa Inquisição) e os santos que ocupavam o Céu, junto de Deus, eram uma criação grega, visível naquele livro X de A REPÚBLICA.
Tudo mitos cuja origem se esconde porque revelaria a fragilidade de uma crença.
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