DO ADMIRÁVEL INCÊNDIO

Do admirável incêndio

Sinto ainda a chama

Alheia aos esgares da ânfora

Às batalhas perdidas

Nas montanhas do céu

Ao vento devorando a melodia.

Há ainda uma margem larga

Para a lembrança do corpo

Para a impaciência da língua

Há ainda um espelho que me repete

Uma lua no meu peito de criança

Tão cheio de nuvens brancas e vermelhas


Que não se querem render

Às lanças  de louca névoa amarela.


  

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