VIVEMOS NO FUNDO DA CAVERNA
Vivemos no fundo da caverna
Mas a nossa sombra persiste
Na luz da Primavera
Possivelmente leve
Possivelmente livre
Possivelmente forte para nos libertar.
Vivemos num mundo onde é obscura a aurora
Mas a nossa sombra está
No antimundo
Uma sombra agitada
Que sonha
Um lugar em forma
De coração
Coração imortal
Uma sarça ardente
Que não se consome
Mesmo que a devoremos.
Vivemos na casa da loucura
Com reis negligentes
Brincando como crianças coxas
Trocando o bem pelo mal
Debaixo de nuvens maduras
Reis cruelmente coroados antes de abdicarem.
HENRIQUE DÓRIA
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