NLD

Na verdade, elas, as palavras, livres das coisas que outrora as apsisionaram, choram e riem no seu interior sensível, e são boas e belas, e fonte de sabedoria. Caminham e fluem incessantemente, e o homem caminha e flui com elas, excitadas amantes que falam a linguagem da sedução para o dominarem. Queremos libertarmos delas, do seu nevoeiro que tantas vezes nos perturba o pensamento, mas não podemos. Elas cantam-nos, as sereias, nuas nas suas vozes de mármore, a nós que não temos protegiadas as membranas dos nossos ouvidos nem fomos atados aos mastros dos navios. Estamos condenandos a viver com elas? Na verdade, queremos fugir e não podemos: no seu mar estamos cercados por línguas de fogo.