JUSTIÇA
Os tribunais são espadas vendadas
Os juízes as linhas tortas por onde
Circulam as bicicletas
Os procuradores corvos que debicam
As sereias
Os advogados meretrizes cobertas de chocalhos
Que sem remorsos entregam
A alma ao demónio
As leis são imperadores com coroa
De latão faiscante-
Pelas suas mãos descem os homens
Até às cloacas do mundo
A justiça uma velha estéril
Com quem dormem os impotentes-
Ou não dormem.
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