Quero controlar os meus pensamentos mas, tantas vezes, não o consigo. Ontem, quando caminhava pela rua olhando as folhas de Outono que mudavam de cor em direção à queda, o pensamento desviou-se para uma mulher desconhecida, que vi uma só vez na vida e nada tinha de diferente de tantas outras mulheres, nem sequer os seios abundantes que sempre atraíram o meu olhar. Ela estava só, deitada na praia e, subitamente, levantou-se, penteou os cabelos longos e bastos, negros e fortes como penas de corvo e, depois, caminhou vagarosamente em direção o mar para se lançar às ondas. Admirei-me por me surgir esta lembrança tão remota e sem sinais que me pudessem marcar. Sorri deste absurdo mas, logo a seguir, veio-me à memória o nome de Maldini, nome que já não ouço há largos anos e nunca me impressionou mais do que tantos outros futebolistas famosos, e nem sequer estava entre os que melhor conhecia. Sou e não sou responsável pelos meus...