FRAGMENTO

À Pérsia se deve o encontro entre o Oriente e o Ocidente nos caminhos do amor. Não há solidão em Hafez - há o amante, a amada e, a ligá-los, o amor. É nessa verdadeira Trindade que começa o amor do homem e o amor do mundo. Mas, antes dele, já Khayam e Rumi tinham percorrido os mesmos caminhos. Todos amavam amar, todos amavam o mundo, todos amavam os homens onde eles encontravam a divindade, mesmo nos mais libertinos.
Khayam ajudou al-Molk a ordenar o império seljúcida e a escrever essa obra notável que é o LIVRO DO GOVERNO. Mais do que isso: ainda procurou encontrar nas matemáticas o segredo da ordem do mundo, que Platão pensara, antes dele, ser possível encontrar.
Rumi colaborou também na boa governação como jurista. Hafez foi também chamado a participar no bom governo do reino.
O vinho, a embriaguês, eram nesses persas fiéis do amor mais do que uma metáfora, eram o caminho da vida, o caminho para se alcançar a divindade dos homens.

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