O NACIONALISMO É O REFÚGIO DOS CRÁPULAS

O nacionalismo sempre foi o refúgio dos crápulas mas, no Brasil, surge agora como uma pandemia de dois virus aliados: nacionalismo e religião.O nacionalismo brasileiro funda-se numa suposta homogeneidade da sociedade baseada numa suposta identidade nacional, quando o Brasil é o expoente máximo da diversidade. Com isso procura esconder as profundas divisões na sociedade brasileira que vai dos imensamente ricos aos imensamente pobres, aos que não têm existência face à sociedade porque nem sequer o nascimento têm registado. Não tendo existência face ao Estado, não têm qualquer identidade.
Aquilo que o golpe de 2016 contra Dilma fez foi interromper a débil tentativa do PT de amenizar ligeiramente esta indecência. Foi um golpe liderado por uma facção da CIA vagamente legalista, vagamente democrática, mais civil e civilizada, aliada a outra facção da CIA que dá instrução aos militares brasileiros, que forma os generais, que usa facilmente a ameaça e a violência.
Ambas a facções  estavam unidas pelas seitas evangélicas que diziam colocar o Brasil acima de todos e Deus acima de tudo, quando, acima de tudo, estão os seus narcisismo e ganância.
Essa unidade foi agora quebrada com a saída de Sérgio Moro do governo de Bolsonaro. Nele permanece apenas a barra pesada dos generais. Conseguirão estes, sem aqueles suspender a Constituição e acabar com o que resta da democracia?
Talvez o consigam se o golpe final for dado ainda durante a presidência de Trump. Não creio que o consigam depois de Trump ser apeado do poder como, certamente, será.

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