FRAGMENTO

Há em mim uma febre de querer amar tudo sem nunca me perder, de querer ser mais e de me cansar de mim mesmo, uma alma que quero ter e perder logo a seguir sem nunca perder, uma alma toda vontade que me faz não pensar e querer pensar sem deixar de apenas sentir, uma alma tão curiosa da vida que me leva à obsessão pela morte, uma febre que é de nascença porque superior ao meu querer mas dentro de mim como um gato selvagem que, desesperadamente, não pode viver sem ternura.

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