Descrente demais para fugir Triste demais para ficar O tempo dividido entre ele E ele mesmo Entre a inconsequência dos seus sonhos E as fragilidade das suas memórias Ignorando a morte Vivendo sem viver Amando sem amar O bolor invisível invadindo O seu pão As gotas de sangue escorrendo Pela parede do seu quarto Enquanto os caminhos gelados Da sua pátria se fundem. HENRIQUE DÓRIA